Depois das suas obras terem viajado pela Europa, América Latina e Estados Unidos, Joana Vasconcelos abre a sua primeira exposição antológica, com um conjunto de 37 peças criadas pela artista plástica nos últimos 15 anos.
O corpo tentacular da peça «Contaminação», com cerca de 15 metros, é um dos que se destacam, pelas cores e pela imensidão, entre as obras, na sua maioria de grandes dimensões, que a artista, de 38 anos, apresenta, pela primeira vez na sua totalidade.
«Sem Rede», assim se chama a exposição, porque - como salientou, em declarações agência Lusa - «não tem crochés» - vai ocupar os pisos -1, zero e também o exterior do museu, no Jardim das Oliveiras.
Joana Vasconcelos tornou-se mais conhecida do público português depois da participação, em 2005, na Bienal Internacional de Arte de Veneza, onde apresentou «A Noiva», um lustre feito com vinte mil tampões higiénicos femininos escolhido como peça principal daquela exposição.
Desde então, as obras - que resultam muitas vezes da apropriação e subversão de objectos do quotidiano como talheres, meias, espanadores, comprimidos - têm sido apresentadas em exposições na Europa, América Latina e Estados Unidos.
Recentemente, dois sapatos gigantescos criados com os tradicionais tachos portugueses - símbolo da conjugação do glamour e da vida doméstica feminina - foram vendidos em Londres num leilão da Christie´s por mais de 500 mil euros.
Peças emblemáticas da carreira como o núcleo «Coração Independente» (2004-2006), «Jardim do Éden (Labirinto)» (2010), «Flores do Meu Desejo» (1996), «Sofá Aspirina» (1997) «Cama Valium» (1998), «Ponto de Encontro» (2000), «O Mundo a Seus Pés» (2001) e «Burka» (2002), poderão ser vistas no museu.
«Esta é uma exposição que todos os artistas sonham um dia fazer. Com um bom espaço como o Museu Berardo, e na zona ribeirinha de Lisboa, com a qual me identifico muito. É como estar em casa, mas é também uma grande responsabilidade», confessou.
«Sem Rede», primeira exposição antológica de Joana Vasconcelos, vai estar patente no Museu Colecção Berardo até 18 de Maio de 2010.
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